Nesta semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumentou a taxa Selic para 11,25%, afetando negativamente o mercado de fundos imobiliários (FIIs). Com a elevação da taxa de juros, os investidores tendem a preferir investimentos de renda fixa, reduzindo a demanda por FIIs e impactando o preço das cotas. Apesar do cenário desafiador, analistas do setor mantêm uma perspectiva positiva para o médio e longo prazo, destacando que a queda nos preços das cotas pode representar uma oportunidade relevante para os investidores com visão de longo prazo.
Entre as recomendações, especialistas sugerem priorizar FIIs com rendimentos mensais de dividendos em torno de 0,85%, garantindo uma rentabilidade competitiva em relação à Selic. Além disso, destaca-se a importância de selecionar fundos com bons fundamentos, alta liquidez e gestão por grandes instituições, minimizando riscos em um ambiente econômico incerto. FIIs de papel, que investem em dívidas do setor imobiliário indexadas à inflação ou aos juros, também ganham destaque como uma alternativa interessante para proteção e retorno.
No contexto de setores específicos, os segmentos de logística e FIIs híbridos chamam a atenção dos analistas como boas oportunidades. O aumento permanente do e-commerce no Brasil reforça o potencial de crescimento da demanda por galpões logísticos, enquanto os fundos híbridos são valorizados pela versatilidade de seus ativos de qualidade. A combinação de valorização dos imóveis e distribuição de dividendos torna esses fundos atraentes para investidores interessados em retorno a longo prazo.