Em novembro, os fundos imobiliários XP Malls (XPML11) e BTG Pactual Logística (BTL1) foram os mais recomendados por instituições financeiras como BTG, Santander, XP e EQI. As instituições incorporaram esses fundos em suas carteiras com o objetivo de superar o índice IFIX, que apresentou uma queda de 3,06% em outubro, enquanto os fundos de papel e de tijolo registraram quedas médias de 3,04% e 2,89%, respectivamente. Este movimento reflete a preferência por ativos que mostram resiliência em um contexto de volatilidade no mercado imobiliário.
O destaque do setor logístico foi para o fundo BTL1, impulsionado pela recente aquisição de 13 novos imóveis em São Paulo, totalizando agora 35 galpões logísticos. No setor de shoppings, o fundo XPML11 chamou a atenção devido à captação de R$ 2,8 bilhões ao longo do ano, o que indica uma estratégia robusta de crescimento. Segundo a análise da EQI, o desempenho dos FIIs de tijolo mostra sinais de melhora em ocupação e receita de locação, embora o aumento de lucro líquido ainda não tenha sido suficiente para valorizar o mercado de cotas devido à pressão das taxas de juros elevadas.
No cenário macroeconômico atual, com alta aversão ao risco e preocupações com a política fiscal, os analistas mantêm uma postura cautelosa. A EQI destaca que, embora as projeções indiquem que o orçamento poderá ser cumprido dentro da meta, o aumento de gastos extraordinários e o impacto nas taxas de juros de longo prazo elevam o risco para o setor. Para o futuro, a expectativa é de que a diversificação entre ativos indexados ao IPCA e CDI nos FIIs proporcione uma estratégia de adaptação frente às mudanças nas taxas e à evolução econômica.