O Fundo Amazônia, iniciativa do governo brasileiro para combater o desmatamento e promover a conservação na Amazônia Legal, recebeu recentemente doações significativas. Durante a Cúpula dos Líderes do G20 no Brasil, os presidentes da Noruega e dos Estados Unidos anunciaram, respectivamente, contribuições de US$ 60 milhões e US$ 50 milhões para o fundo. Criado em 2008 e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o fundo tem como foco o apoio a projetos sustentáveis, comunidades tradicionais e ações de combate à degradação florestal.
Após um período de paralisação entre 2019 e 2023, o Fundo Amazônia foi restabelecido pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que assinou um decreto para sua retomada. Desde sua criação, o fundo já investiu mais de R$ 1,8 bilhão em mais de 100 projetos, beneficiando comunidades locais, terras indígenas e unidades de conservação. No entanto, um levantamento recente indicou que, em 2024, apenas 11% dos recursos recebidos foram efetivamente repassados a projetos.
Entre os projetos apoiados, destacam-se iniciativas como o “Sentinelas da Floresta”, que impulsiona a produção de castanha no Mato Grosso, e o “Origens Brasil”, que beneficia ribeirinhos no Pará. Além disso, o fundo tem investido na compra de equipamentos e aeronaves para o combate a incêndios e desmatamento em estados como Rondônia. A iniciativa também contribui para a regularização ambiental de propriedades rurais, com destaque para a inscrição de 746 mil propriedades no Cadastro Ambiental Rural, o que representa uma área significativa de terras.