Após uma suspensão temporária desde 16 de outubro, o serviço de nefrologia da Fundhacre, no Acre, foi retomado na segunda-feira (11) com atendimento a 24 pacientes que optaram por continuar o tratamento de hemodiálise na unidade. A suspensão aconteceu devido a problemas de fornecimento de insumos, o que levou o hospital a transferir temporariamente os pacientes para clínicas conveniadas ao governo. A presidente da Fundhacre, Soron Angélica Steiner, afirmou que o serviço não será extinto e que, além dos 24 pacientes que retornaram, aqueles que preferiram continuar nas clínicas particulares permanecerão sendo atendidos por esses centros.
O setor de nefrologia da Fundhacre foi revitalizado recentemente, após mais de 10 anos sem reformas, com investimentos superiores a R$ 1,3 milhão. Contudo, a suspensão do atendimento gerou descontentamento entre os pacientes, que expressaram frustração com a mudança para as clínicas, especialmente considerando as melhorias na infraestrutura da unidade. A fundação garantiu que o serviço será mantido e continuará a atender os pacientes renais crônicos que optaram por retornar ao hospital.
Além dos desafios com o atendimento de hemodiálise, pacientes também enfrentam dificuldades com a longa espera por transplantes renais. Muitos relatam atrasos nos exames e complicações com a fila de espera, que inclui pacientes de todo o Brasil, uma vez que o estado depende da Central Nacional de Transplantes para a realização dos procedimentos. A Fundhacre recentemente foi habilitada para realizar transplantes de rim e promete acelerar o processo, oferecendo mais agilidade na gestão da fila local.