A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do estado (MPRJ) investigam uma quadrilha que causou prejuízo de R$ 40 milhões ao Banco do Brasil por meio de fraudes organizadas. O grupo utilizava diferentes métodos para acessar sistemas internos da instituição e obter dados confidenciais de clientes, desviando grandes somas de dinheiro. Entre as práticas identificadas estão o aliciamento de funcionários e terceirizados, instalação de dispositivos nos sistemas bancários e movimentação de valores roubados por operadores financeiros.
As investigações apontaram uma estrutura sofisticada, com divisão clara de funções entre os membros da quadrilha, incluindo recrutadores, colaboradores internos e líderes que organizavam toda a operação. Um caso emblemático revelou a tentativa de um dos criminosos de subornar uma gerente com ofertas de altos valores para vender sua senha ou integrar o esquema. A gerente recusou, e as autoridades continuam cumprindo mandados de busca e apreensão contra os envolvidos, destacando que o nível de acesso dos colaboradores influenciava diretamente o valor pago pelos fraudadores.
Esta operação é a quarta fase de uma investigação iniciada em julho de 2023. Desde então, várias ações foram realizadas, incluindo a prisão de suspeitos envolvidos em fraudes similares. O Banco do Brasil colabora ativamente com as autoridades, adotando medidas internas de monitoramento e investigação. Os ataques, ocorridos em diversas regiões do Rio de Janeiro e em outras cidades, evidenciam a necessidade de reforçar a segurança cibernética e os processos de controle em instituições financeiras para prevenir futuros prejuízos.