O aumento expressivo no preço dos azeites entre 2023 e 2024 impulsionou uma série de fraudes no setor, levando à adulteração de produtos em circulação no mercado brasileiro. A Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu, na última sexta-feira, uma fábrica clandestina na Zona Oeste da capital, onde azeites considerados impróprios eram misturados com óleo de soja e reembalados com rótulos falsificados, posteriormente vendidos em supermercados. A operação resultou na apreensão de maquinário industrial e materiais para envase e rotulagem, além da prisão de quatro suspeitos.
A fraude ocorre em um contexto de alta nos preços de azeites, decorrente de problemas climáticos na Europa, que impactaram a produção global e elevaram os preços em cerca de 40%. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já havia emitido alertas sobre fraudes em diversas marcas, detectando produtos que não atendiam aos padrões de identidade e qualidade devido à adição de óleos vegetais na composição. Testes físico-químicos realizados pelo ministério confirmaram a impropriedade dos produtos para consumo, levando ao recolhimento e suspensão de registros de diversas marcas.
Para orientar os consumidores, o Mapa recomenda atenção à procedência dos produtos, desconfiando de preços muito baixos, e consultando listas de produtos irregulares, como forma de reduzir o risco de aquisição de azeites adulterados. As autoridades continuam a fiscalizar o mercado e incentivam a denúncia de suspeitas por meio de canais oficiais, reforçando que a venda de produtos adulterados configura uma infração grave e sujeita a penalidades.