A ministra da Agricultura da França, Annie Genevard, procurou suavizar as tensões com o Brasil sobre o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. Embora tenha reafirmado o respeito pela relação histórica com a América Latina, Genevard se manteve firme contra a assinatura do tratado, que pode ser concluído na próxima semana. O acordo prevê a eliminação de tarifas para produtos do Mercosul, em troca de uma redução nas tarifas para produtos europeus, mas tem gerado protestos de agricultores franceses, incluindo bloqueios de estradas, que veem o tratado como uma ameaça à sua produção.
Além disso, a França tem enfrentado críticas internas sobre o impacto ambiental e social do acordo. A Assembleia Nacional votou contra o tratado em uma decisão simbólica, com senadores expressando preocupações sobre práticas como o trabalho forçado e o desrespeito aos direitos indígenas no Brasil. Embora a abordagem ambiental do presidente brasileiro tenha sido destacada positivamente por alguns, os debates continuam intensos sobre os efeitos do acordo na sustentabilidade e nas condições de trabalho.
A rejeição do tratado também foi refletida em uma votação simbólica no Senado francês, o que indica uma resistência crescente à proposta. As críticas focam principalmente em questões relacionadas ao desmatamento, à produção agropecuária e às condições sociais no Brasil. Esse cenário tem gerado um debate acirrado entre os legisladores franceses, refletindo uma preocupação com as implicações do acordo tanto para o meio ambiente quanto para os direitos trabalhistas e sociais.