A história de Franca, no interior de São Paulo, é marcada pela mineração de diamantes, que teve início no final do século 18, quando a escassez de recursos em Minas Gerais levou garimpeiros a explorar novas áreas. A região, rica em água e terras férteis, se tornou um ponto estratégico para o comércio de pedras preciosas, especialmente diamantes, que eram extraídos de cidades vizinhas e transportados pelos rios. Franca logo se estabeleceu como um centro comercial e de lapidação dessas pedras, com destaque para a Praça Barão, onde o mercado de diamantes floresceu por décadas.
A formação dos diamantes na região está relacionada ao vulcanismo, quando magma subiu até a superfície e incorporou esses minerais, que se espalharam pelos rios da área. Embora a maior parte dos diamantes tenha sido encontrada em municípios próximos, Franca se consolidou como o centro comercial e de processamento das pedras. A lapidação manual, uma técnica artesanal desenvolvida por muitos na cidade, contribuiu para a especialização local e gerou um comércio vibrante, principalmente durante o auge da mineração.
No entanto, nos dias atuais, o comércio de diamantes em Franca já não é tão intenso. A atividade de garimpo, predominantemente ilegal e rudimentar, ainda persiste na região, com impactos ambientais significativos. Há um apelo crescente para que a exploração seja regulamentada e se torne mais sustentável, buscando soluções que integrem a legalização da prática e a preservação ambiental, além de melhorar as condições de vida das pessoas envolvidas.