Na última semana, a Espanha enfrentou uma série de enchentes catastróficas, com a cidade de Valência sendo a mais afetada, registrando 217 mortes. Apenas dias após essa tragédia, a região de Barcelona também sofreu com chuvas intensas que causaram severas inundações, afetando a infraestrutura local, incluindo o aeroporto internacional, que teve sua pista transformada em um rio. A Agência Estatal de Meteorologia da Espanha emitiu alerta vermelho para fortes chuvas, e as consequências foram imediatas, com interrupções nas linhas de trem e diversas áreas da cidade submersas.
Os danos causados pelas inundações não se restringiram às vidas perdidas; a infraestrutura das cidades também foi seriamente comprometida. Valência, um importante centro agrícola, viu suas estradas, pontes e trilhos de trem destruídos, impactando a produção de frutas cítricas da região. Com a situação se agravando, o governo da Comunidade Valenciana pediu que os voluntários parassem de ir à região para auxiliar, devido à dificuldade de acesso e à gravidade da situação, que incluía saques em estabelecimentos comerciais.
Classificada como a pior enchente do século XXI, as autoridades relataram que em apenas oito horas caiu a mesma quantidade de chuva esperada para um ano inteiro na região. Especialistas apontam que esse evento extremo pode estar relacionado às mudanças climáticas, que têm elevado a temperatura do mar Mediterrâneo e contribuído para o aumento da frequência e intensidade de tais tempestades. A situação exige esforços contínuos de resgate e ajuda humanitária para atender à população afetada nas áreas devastadas.