As forças russas intensificam operações na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, em uma tentativa de recuperar territórios perdidos no verão. Segundo o comandante ucraniano Oleksandr Syrskyi, a Rússia mobilizou dezenas de milhares de tropas para expulsar as forças ucranianas presentes na área, que realizaram uma incursão em agosto, conquistando assentamentos em território russo pela primeira vez desde o início da invasão em 2022. A ofensiva russa busca consolidar avanços no leste da Ucrânia, onde forças continuam a capturar áreas industrializadas de Donbas, progressivamente ocupando vilarejos estratégicos.
Relatórios indicam que a Rússia pode contar com o apoio de tropas norte-coreanas, embora o Kremlin não tenha confirmado oficialmente essa presença. Recentemente, o presidente russo Vladimir Putin sancionou uma lei formalizando uma parceria estratégica com a Coreia do Norte, incluindo provisões de defesa mútua, o que gerou preocupação em países ocidentais e na Coreia do Sul. A avaliação de especialistas sugere que o contingente russo em Kursk foi reforçado sem necessidade de redirecionar tropas do leste ucraniano, mantendo pressão sobre as linhas de frente sem comprometer outras áreas.
Apesar dos avanços russos, Syrskyi destacou que a ofensiva ucraniana em Kursk tem sido eficaz para desviar forças de elite russas, evitando ataques mais intensos em frentes como Pokrovsk e Toretsk. Essa estratégia contribui para estabilizar a linha de frente e impedir que as tropas russas ampliem seu domínio no leste da Ucrânia, onde conflitos pela região de Donbas seguem intensos.