Uma força-tarefa foi montada para investigar a execução de um homem no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, e oito policiais militares foram afastados de suas funções após serem apontados como suspeitos de envolvimento no crime. O homem assassinado, acusado de envolvimento com uma facção criminosa e de ter feito denúncias contra policiais, estava sob proteção de segurança privada, o que é proibido para membros da corporação, de acordo com o regulamento da PM. A Corregedoria da PM já vinha investigando os policiais afastados por denúncias de que estariam realizando serviços extras de segurança.
O suspeito da execução, que possuía um histórico de colaboração com o Ministério Público, havia se envolvido em uma delação premiada onde acusou integrantes de uma facção criminosa e também denunciou corrupção entre policiais civis. A investigação, que já está em andamento, envolve tanto policiais militares quanto civis. Enquanto os PMs foram afastados imediatamente, os policiais civis não podem ser afastados sem que sejam concluídos os processos administrativos internos.
Durante a viagem do assassinado a Alagoas, ele estava acompanhado de um policial militar e outros funcionários, sendo executado por dois homens encapuzados ao desembarcar no aeroporto. A polícia também encontrou joias avaliadas em R$ 1 milhão na bagagem do grupo, que teriam sido retiradas como parte de um pagamento por uma dívida. O caso segue em apuração, com depoimentos que ajudam a entender o envolvimento de diferentes agentes e a dinâmica do crime.