As autoridades de São Paulo formaram uma força-tarefa para investigar o assassinato de um empresário que colaborava com o Ministério Público em casos ligados a uma organização criminosa, ocorrido no Aeroporto de Guarulhos. A equipe, coordenada pelo secretário-executivo da Segurança Pública, reúne seis membros de diferentes órgãos de segurança e visa dar uma resposta rápida ao crime. Além da força-tarefa estadual, a Polícia Federal também entrou no caso, considerando o local e a natureza da execução, que levantaram suspeitas de envolvimento de agentes públicos.
O empresário havia firmado um acordo de delação em março e fornecido informações que resultaram em ações contra membros da organização e supostos crimes de policiais, mas relatou preocupações com a segurança pessoal. Ele contratou segurança privada, incluindo policiais militares, que estavam ausentes no momento do ataque. A situação desses seguranças é investigada, uma vez que uma das viaturas apresentou falhas no deslocamento para o aeroporto. No momento da execução, nenhum agente da Guarda Civil Municipal estava na base do aeroporto, fato também alvo de apuração.
A execução, marcada pela violência, deixou ainda outros feridos, incluindo um terceiro que não resistiu aos ferimentos. Armas usadas no crime foram apreendidas perto do local onde os veículos dos atiradores foram abandonados. A investigação continua, com a análise de câmeras de segurança, trajetos e comunicações, a fim de esclarecer as motivações e identificar os envolvidos no planejamento do atentado.