A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo formou uma força-tarefa para investigar o assassinato de um empresário no Aeroporto de Guarulhos, evento que tem atraído atenção pelo uso de armamento pesado e pela tentativa dos criminosos de destruir provas. O caso, coordenado pelo delegado Osvaldo Nico Gonçalves, conta com a colaboração da Polícia Federal e envolve análise de materiais genéticos e armas apreendidas, como três fuzis e uma pistola. O veículo usado pelos criminosos, um Volkswagen Gol preto, foi encontrado nas imediações do local do crime, parcialmente queimado, em uma tentativa de eliminar evidências.
Além da investigação do homicídio, o secretário de Segurança Guilherme Derrite ressaltou que serão averiguadas denúncias de corrupção policial relacionadas ao caso. O empresário assassinado havia feito acusações de corrupção envolvendo policiais civis, e esses agentes serão afastados de suas funções enquanto a apuração ocorre. A análise também incluirá a atuação de quatro policiais militares responsáveis pela segurança do empresário, que estavam realizando atividades externas no momento, algo que será examinado por possível irregularidade.
O empresário, envolvido como colaborador em uma investigação de lavagem de dinheiro, estava em uma situação de alto risco, com informações de ameaças significativas sobre sua vida. Ele havia sido alvo de uma tentativa de homicídio anterior, e relatos indicam que uma recompensa foi oferecida por sua execução, reforçando a gravidade das ameaças que enfrentava. As circunstâncias do caso e as denúncias associadas apontam para a necessidade de medidas rigorosas e transparência na apuração da relação entre agentes de segurança pública e o crime organizado.