O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou a revisão da qualificação do México sob a linha de crédito flexível, estabelecendo um total de US$ 35 bilhões. O relatório do FMI indicou que as pressões inflacionárias no país estão diminuindo, com a expectativa de que a inflação alcance a meta de 3% até 2025. No entanto, o déficit fiscal deverá aumentar significativamente em 2024, podendo levar a uma elevação da dívida bruta do setor público para cerca de 58% do PIB no final do ano.
O FMI destacou a robustez das políticas macroeconômicas e das estruturas de política institucional do México, ressaltando que uma consolidação fiscal antecipada é essencial para garantir a sustentabilidade das finanças públicas. Além disso, o Fundo sugeriu que a restrição monetária poderia ser removida de maneira gradual, permitindo maior flexibilidade nas políticas econômicas do país.
Apesar de reconhecer a resiliência do sistema financeiro mexicano, respaldada pela regulação do Banco do México (Banxico), os diretores do FMI enfatizaram a necessidade de reformas abrangentes e ambiciosas a curto e médio prazo. Essas reformas são vistas como cruciais para que o México possa aproveitar as oportunidades que surgem com a reformulação das cadeias de suprimentos globais, evidenciando a importância de uma abordagem proativa diante das mudanças econômicas.