Na primeira quinzena de novembro, a B3 registrou um saldo negativo de cerca de R$ 500 milhões no fluxo de investidores estrangeiros. Esse movimento de saída de capital tem sido uma tendência desde setembro, com investidores externos apresentando um comportamento levemente vendedor. Na primeira semana de novembro, as saídas atingiram R$ 255 milhões, e na semana seguinte, o valor foi de R$ 156 milhões. Especialistas destacam que a expectativa de um plano de corte de gastos por parte do governo pode ajudar a melhorar a atratividade da bolsa para investidores estrangeiros.
Além dos estrangeiros, os investidores institucionais também demonstraram um comportamento de resgates, com uma retirada líquida de R$ 1,3 bilhão em novembro. Somando as saídas dos estrangeiros e institucionais, o total de retiradas atingiu R$ 1,8 bilhão, refletindo uma tendência negativa que já persiste desde maio. No acumulado do ano, as saídas líquidas desses dois grupos ultrapassam R$ 57 bilhões.
Em contraste, o investidor pessoa física tem se mostrado mais resiliente, com um saldo positivo de R$ 1,2 bilhão em novembro e um acumulado de R$ 25,2 bilhões no ano. Esse comportamento se repete também entre as instituições financeiras, que registraram um saldo líquido positivo de R$ 300 milhões. O mercado continua monitorando essas dinâmicas, com expectativa de que os próximos anúncios fiscais possam influenciar o fluxo de recursos na bolsa brasileira.