A prefeitura de Florença, na Itália, anunciou um conjunto de medidas, conhecido como “10 pontos”, para combater o turismo excessivo no centro histórico da cidade. As mudanças, que foram divulgadas no primeiro dia do evento G7 de Turismo, incluem a proibição das caixas de chave usadas por proprietários de imóveis para facilitar o acesso dos turistas. Além disso, o uso de alto-falantes e veículos automotores, como carrinhos de golfe, por guias turísticos também foi restrito, e medidas para controlar o fluxo de turistas e coletar dados sobre o turismo na região foram estabelecidas.
As reformas são uma resposta ao impacto do turismo massivo, que concentra 95% de suas atividades na área de 5 km² do centro histórico de Florença, colocando em risco o patrimônio da cidade e a qualidade de vida dos moradores. Em 2023, Florença recebeu mais de 9 milhões de visitantes, o que gerou um aumento nos aluguéis e problemas como o barulho e o tráfego causados pelos turistas. A prefeita Sara Funaro afirmou que o objetivo é tornar a cidade atrativa, mas também habitável para os residentes.
A preocupação com o turismo de massa tem gerado reações em várias cidades turísticas ao redor do mundo. Em Barcelona, moradores se revoltaram com turistas em restaurantes e hotéis, utilizando pistolas de água para protestar. Em Veneza, uma taxa diária de 5 euros foi implementada para turistas, enquanto Amsterdã proibiu a construção de novos hotéis. Esses movimentos refletem uma crescente resistência ao turismo excessivo e seus efeitos sobre a vida cotidiana nas cidades mais visitadas.