O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que há uma perseguição política contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e defendeu uma anistia “ampla, geral e irrestrita” como solução para restaurar a normalidade política e o equilíbrio entre os Poderes. Em seu discurso no Senado, ele argumentou que a perseguição contra Bolsonaro e a direita começou antes de 2022, destacando que tal medida deveria incluir tanto figuras políticas quanto autoridades da Polícia Federal, que, segundo ele, estariam agindo de forma tendenciosa. O senador também questionou decisões do ministro Alexandre de Moraes, alegando que ele violaria normas legais relacionadas ao impeachment.
Flávio Bolsonaro enfatizou que a anistia proposta não visaria absolver crimes, mas sim pacificar o país e garantir o cumprimento da Constituição. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, que também endossou a ideia de anistia, declarou que o objetivo seria desarmar ânimos e restaurar a normalidade democrática, sem permitir que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) atuem politicamente, o que, segundo ele, desequilibraria a democracia. Ambos criticaram a atuação de autoridades e defendem que a discussão política aconteça dentro do Parlamento.
No entanto, a proposta de anistia não tem avançado legislativamente. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tem dificultado a tramitação de um projeto sobre o tema, congelando a criação de uma comissão especial que trataria do assunto. Ao mesmo tempo, a Polícia Federal finalizou um relatório que aponta a participação de Bolsonaro e outros envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado, o que gerou novas controvérsias e reacende o debate sobre a responsabilidade e as investigações em andamento.