Flaviano Melo, ex-governador do Acre e presidente do MDB no estado, faleceu nesta quarta-feira (20), aos 75 anos, após complicações decorrentes de uma pneumonia. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 9 de novembro. Sua morte foi confirmada após a constatação de morte cerebral, e o governo do Acre decretou luto oficial por três dias. Melo teve uma carreira política de mais de 50 anos, com importantes passagens por diversos cargos públicos, incluindo prefeito de Rio Branco, governador, senador e deputado federal.
Durante sua trajetória, Flaviano Melo consolidou-se como uma figura política de destaque no Acre. Ele foi o segundo governador eleito por voto direto no estado após o período da Ditadura Militar e teve um papel significativo no desenvolvimento da infraestrutura de Rio Branco. Entre suas realizações como governador, destacam-se a criação de bairros e a instalação de reservatórios de água na capital. Após seu período como governador, ele seguiu carreira no Senado e na Câmara dos Deputados, onde atuou até 2023, defendendo pautas como o impeachment de Dilma Rousseff e reformas econômicas.
Apesar de sua longa carreira, a figura de Flaviano Melo também foi marcada por controvérsias, incluindo um processo judicial relacionado a um esquema de desvio de recursos públicos. Embora tenha negado envolvimento, o caso gerou repercussão e, em 2018, o Supremo Tribunal Federal decidiu extinguir o processo por falta de justa causa. O velório de Flaviano Melo será realizado no Palácio Rio Branco, em Rio Branco, e o sepultamento ocorrerá no cemitério São João Batista, onde estão sepultados outros membros de sua família.