“Ainda Estou Aqui,” novo filme de Walter Salles, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 7 de novembro, com grande expectativa para uma indicação ao Oscar. A produção, baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, aborda a história pessoal de Eunice Paiva e explora temas delicados da ditadura militar, que ainda ecoam no cenário sociopolítico atual. O filme é visto como a maior oportunidade do Brasil desde “Central do Brasil” (1999) de ser indicado na categoria de Melhor Filme Internacional, despertando atenção da crítica especializada, incluindo publicações internacionais como a Variety.
O longa traz Fernanda Torres e Selton Mello em papéis centrais e revisita a parceria entre Salles e Fernanda Montenegro, que consagrou o cinema nacional no passado. Com foco nos traumas de uma família marcada pela repressão militar, “Ainda Estou Aqui” faz um alerta sobre os perigos de governos autoritários, enquanto conecta gerações que cresceram sob a democracia aos desafios e impactos da ditadura. A narrativa explora a transformação da protagonista, mãe de cinco filhos, em uma das maiores ativistas de direitos humanos do Brasil após a morte de seu marido.
Para Torres e Mello, o filme representa não apenas um momento de orgulho para o cinema nacional, mas também um marco no diálogo com o público sobre questões de justiça e liberdade. Além da esperança de uma indicação ao Oscar, o filme é parte de uma onda de sucessos recentes de produções brasileiras em festivais internacionais, reforçando o valor do cinema nacional em um ano destacado pela premiação de diretores brasileiros em Cannes, Berlim e Veneza.