A Anistia Internacional, junto com a Sport & Rights Alliance (SRA), fez um apelo à Fifa para que não confirme a Arábia Saudita como sede da Copa do Mundo de 2034, a menos que o país demonstre um compromisso sólido com os direitos humanos. A preocupação é que o país não atende a critérios mínimos de proteção de direitos, o que poderia resultar em problemas significativos para moradores, trabalhadores migrantes e torcedores. Esse apelo ocorre a poucos meses do Congresso da Fifa em dezembro, onde a Arábia Saudita deve ser confirmada como sede, enquanto Marrocos, Espanha e Portugal receberão a Copa de 2030.
A Anistia alerta que a escolha da Arábia Saudita, sem garantias de reforma, implicaria em um “custo humano real e previsível,” com riscos de exploração e abusos contra trabalhadores migrantes, desalojamento forçado de residentes locais e discriminação contra torcedores. A Fifa foi instada a suspender o processo de escolha até que sejam garantidas proteções adequadas aos direitos humanos, com o intuito de não agravar a situação. A SRA e a Anistia destacam a necessidade de que os países-sede demonstrem medidas concretas para proteger todos os envolvidos no evento.
Além disso, as entidades pedem que a Fifa aumente as exigências para os anfitriões de 2030 — Marrocos, Espanha e Portugal —, solicitando compromissos mais confiáveis em prol dos direitos humanos. Os países ainda não explicaram como pretendem garantir a segurança de torcedores e jogadores, combater a discriminação e evitar o uso excessivo da força policial. Em resposta, a Fifa afirmou que revelará o conteúdo dos seus relatórios sobre os candidatos antes do Congresso, reforçando que está implementando processos completos para as escolhas das sedes de 2030 e 2034.