A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal sobre possíveis descumprimentos das condições estabelecidas no acordo de delação premiada firmado por um ex-membro do alto escalão do governo. A comunicação ocorreu após o depoimento do delator, que trouxe indícios de omissões e contradições, levantando questionamentos sobre a validade do pacto e abrindo a possibilidade de sua rescisão. O caso está inserido no contexto das investigações das chamadas milícias digitais, envolvendo questões delicadas de segurança institucional.
O depoimento do delator foi prestado no mesmo dia em que a Operação Contragolpe prendeu vários suspeitos, incluindo militares e um agente da Polícia Federal, por envolvimento em um suposto plano de assassinato de figuras de destaque do governo e do Supremo Tribunal Federal. A gravidade do caso gerou ampla mobilização das autoridades e reacendeu debates sobre segurança nacional e a atuação de organizações clandestinas em planejamentos de alta periculosidade.
O material coletado foi encaminhado ao ministro responsável pela relatoria do caso, que deve analisar os apontamentos da Polícia Federal antes de decidir sobre os próximos passos no processo, incluindo a eventual rescisão do acordo. O parecer do procurador-geral da República também será considerado para garantir uma decisão embasada e alinhada às normas jurídicas. A investigação segue como um dos principais focos de atenção no cenário político e jurídico do país.