A Polícia Federal comunicou ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira, 19, que um dos delatores no inquérito das milícias digitais pode ter descumprido cláusulas do acordo de colaboração premiada. A informação surgiu após um depoimento que apontou possíveis omissões e contradições nas declarações prestadas, o que abre margem para a revisão ou rescisão do acordo. O caso está sob análise no gabinete do ministro relator, que avaliará a situação junto ao procurador-geral da República antes de tomar qualquer decisão.
A delação, firmada no contexto de investigações sobre milícias digitais, também foi relacionada à Operação Contragolpe, que desvendou um plano envolvendo figuras públicas e agentes de segurança. A operação resultou na prisão de cinco pessoas sob suspeita de participarem de um esquema voltado a atentados contra líderes do governo e do Judiciário. O depoimento prestado nesta nova fase das investigações traz implicações diretas para o andamento do caso.
O próximo passo será a análise do material enviado pela Polícia Federal e a consulta ao Ministério Público Federal para decidir sobre o futuro do acordo de delação. A eventual rescisão pode impactar a coleta de provas e as linhas de apuração do inquérito, destacando a complexidade do caso e a importância de rigor jurídico no processo.