A partida do Palmeiras contra o Grêmio no Allianz Parque marca a primeira vez que a torcida organizada Mancha Alviverde é proibida de exibir uniformes e faixas em estádios de São Paulo. A determinação partiu da Federação Paulista de Futebol (FPF) após um pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em resposta a uma emboscada organizada por membros da Mancha contra torcedores do Cruzeiro. No entorno do estádio, torcedores da Mancha cumpriram a ordem e optaram por trajes brancos sem identificação, mantendo confraternização com gremistas, aliados dos palmeirenses.
Nas redes sociais, foi orientado que os torcedores da Mancha no setor Gol Sul do estádio vestissem branco, uma vez que a proibição é válida por tempo indeterminado. Outras torcidas organizadas, como a TUP e Porks Alviverde, puderam vestir uniformes e expor faixas normalmente. Além disso, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, ampliou a restrição para o clube social, proibindo qualquer traje ou acessório de torcidas organizadas, em especial da Mancha, como medida adicional de segurança.
A emboscada, ocorrida em outubro, deixou uma vítima fatal e feridos, levando a Justiça a emitir mandados de prisão contra sete suspeitos, dos quais um já foi detido. A Polícia Civil chegou a emitir um mandado de prisão contra um suspeito identificado erroneamente, posteriormente revogado. O episódio é visto como uma retaliação a conflitos anteriores entre torcidas do Palmeiras e Cruzeiro.