O câncer de pâncreas é uma doença de alto risco que afeta o órgão responsável pela produção de insulina e sucos digestivos, frequentemente diagnosticada em estágios avançados devido à ausência de sintomas específicos. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que, no Brasil, mais de 10 mil casos foram registrados em um ano. Entre os sintomas mais comuns estão icterícia, urina escura, perda de peso, cansaço e dores abdominais, mas esses sinais podem ser confundidos com outras condições, dificultando o diagnóstico precoce. Exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, além de testes laboratoriais, são fundamentais para confirmar a doença.
Os fatores de risco para o câncer de pâncreas podem ser hereditários ou relacionados ao estilo de vida e exposição ocupacional. Apenas 10% a 15% dos casos têm origem genética, ligados a mutações nos genes BRCA1, BRCA2 e PALB2 ou a síndromes hereditárias raras. Os fatores não hereditários, que podem ser evitados ou controlados, incluem tabagismo, obesidade, diabetes e pancreatite crônica. Profissionais de algumas indústrias, como petróleo e agricultura, também estão mais suscetíveis devido à exposição a substâncias químicas potencialmente cancerígenas.
O tratamento do câncer de pâncreas depende do estágio da doença e das condições do paciente. A cirurgia de remoção do tumor é a única alternativa curativa, mas viável em poucos casos, já que a maioria dos diagnósticos ocorre em fases avançadas. Radioterapia e quimioterapia são opções paliativas quando a cirurgia não é possível. Estudos recentes também indicam que a dieta cetogênica pode auxiliar no tratamento, abrindo novas perspectivas para combater a doença.