Um grupo de sete famílias na França decidiu processar a rede social TikTok, alegando que o algoritmo da plataforma expôs suas filhas adolescentes a conteúdos perigosos que promovem automutilação, suicídio e distúrbios alimentares. O coletivo Algos Victima busca responsabilizar a empresa pelo agravamento do estado físico e mental das jovens, destacando que duas adolescentes tiraram a própria vida, enquanto quatro tentaram suicídio e uma desenvolveu anorexia. As famílias esperam que o tribunal de Créteil reconheça que o TikTok falhou ao não moderar adequadamente esses conteúdos nocivos.
A advogada do coletivo, Laure Boutron-Marmion, aponta que o algoritmo da rede social direcionou adolescentes vulneráveis a uma espiral de conteúdos destrutivos, intensificando o sofrimento emocional dessas jovens. Uma das mães explicou que sua filha, vítima de bullying, buscou apoio na plataforma, mas acabou se deparando com materiais cada vez mais perturbadores que afetaram gravemente seu bem-estar. O TikTok, que afirma promover um ambiente seguro, é criticado pelas famílias por não conseguir proteger os menores de idade de conteúdos prejudiciais.
Além de exigir mudanças na moderação, os pais querem que a plataforma alerte seus usuários sobre a natureza viciante do aplicativo e os riscos envolvidos. Segundo as famílias, o uso contínuo do TikTok contribuiu para um ciclo de dependência que agravou os problemas de saúde mental das adolescentes. Elas esperam que o caso sirva de exemplo e traga mais segurança para crianças e jovens usuários da plataforma.