No dia 8 de junho de 2022, a morte de uma advogada de 32 anos em Belo Horizonte gerou comoção e levantou questões sobre violência doméstica e feminicídio. O caso envolveu uma relação amorosa marcada por agressões e discussões frequentes, com indícios de que a vítima foi empurrada do oitavo andar de um prédio após uma briga com seu companheiro. Vizinhos relataram ter ouvido sons de vidro quebrando e gritos de desespero momentos antes da queda, enquanto o porteiro do prédio encontrou a vítima já caída, pouco tempo antes de se deparar com o suspeito saindo do elevador.
A investigação policial, que durou mais de dois anos, coletou uma série de provas que indicam a autoria do ex-companheiro da vítima, incluindo vestígios de sangue no apartamento e alterações na cena do crime, como a remoção da tela de proteção da janela. O laudo pericial descartou a hipótese de suicídio, evidenciando fraturas no corpo da vítima que sugerem que ela foi lançada ou empurrada do edifício. A polícia também apontou que o suspeito manipuou a cena para ocultar provas e dificultar a investigação. Diversas testemunhas confirmaram um padrão de violência e agressões anteriores entre o casal.
Em setembro de 2022, o Ministério Público denunciou o ex-companheiro da vítima por homicídio triplamente qualificado, em razão de motivo torpe, uso de meio que dificultou a defesa da vítima e violência doméstica. A denúncia afirma que o crime foi motivado por questões de gênero, com a vítima sendo alvo de violência física e psicológica. O processo segue sem data marcada para julgamento, e o caso será analisado por um júri popular. A família da vítima continua buscando justiça e o reconhecimento do crime como feminicídio.