A família de Lola, uma dachshund de quase 13 anos que faleceu, encontrou uma maneira especial de lidar com a dor da perda ao transformar a cadela em um colar, que contém uma fração de suas cinzas. Para a mãe, a psicóloga Ana Soares, essa lembrança física representa a forte conexão que a família teve com Lola ao longo dos anos. A morte do animal foi uma experiência emocional intensa, levando a família a buscar opções dignas de sepultamento, já que as alternativas comuns, como a cremação em centros de controle de zoonoses, não se mostravam satisfatórias.
Após pesquisas, a família optou por uma clínica veterinária que oferece cremação e cerimônias de despedida, proporcionando um ambiente acolhedor para honrar a memória de Lola. O serviço incluiu um velório, onde a família pôde se despedir de forma respeitosa e significativa. Além do colar, receberam uma amostra de pelos, um molde da patinha e uma carta de despedida, recursos que, segundo Ana, ajudam no processo de luto e na ressignificação da perda.
O crematório escolhido pertence a um casal que decidiu abrir o negócio por experiência pessoal com a dor da perda de seus próprios animais. Eles oferecem não apenas a cremação, mas também a possibilidade de realizar uma cerimônia de despedida personalizada, onde os tutores podem relembrar os momentos especiais com seus pets. A iniciativa reflete um desejo comum entre os tutores de animais de preservar a memória de seus companheiros de forma digna e significativa.