A família de Malcolm X, líder dos direitos civis assassinado há quase 60 anos, entrou com uma ação judicial federal nos Estados Unidos, exigindo US$ 100 milhões de indenização. A ação é movida por sua filha, Ilyasah Shabazz, e outros familiares, que acusam o FBI, a CIA e o Departamento de Polícia de Nova York de terem permitido o assassinato de Malcolm X, alegando que essas instituições ocultaram informações cruciais que poderiam ter impedido o crime.
O processo, que foi oficialmente anunciado em um memorial no local onde o líder foi morto, busca esclarecer as circunstâncias do assassinato, apontando uma possível conspiração entre as agências governamentais e a polícia. O advogado da família, Ben Crump, afirmou que a família acredita que houve uma conspiração para matar Malcolm X, uma das figuras mais influentes do século XX, e que o processo visa trazer justiça e reparações pela perda.
Malcolm X, conhecido por sua militância na defesa dos direitos dos afro-americanos e sua associação com a Nação do Islã, foi assassinado em 1965, durante um discurso em Nova York. Embora um dos assassinos tenha sido identificado, a teoria de que o governo sabia do plano e não agiu continua a ser debatida. Ilyasah Shabazz, filha de Malcolm, tinha apenas dois anos na época do crime, e esteve presente no local junto com sua mãe e irmãos.