Um montanhista brasileiro desapareceu em junho deste ano enquanto escalava o Nevado Coropuna, no Peru, e caiu em uma greta, formação típica de montanhas geladas. Desde então, sua família enfrenta dificuldades para obter a certidão de óbito, um documento necessário para regularizar a situação jurídica e emocional. A recuperação do corpo foi considerada inviável pelas autoridades devido às condições extremas da região, o que exige um processo judicial prolongado para declarar oficialmente a morte.
A família relata pouca colaboração por parte das autoridades peruanas e aponta a lentidão no inquérito policial como um obstáculo para avançar no processo. Apesar da assistência prestada pela Embaixada Brasileira em Lima, que está em contato com autoridades locais, o caso permanece sem resolução. Segundo a embaixada, a emissão do atestado de óbito depende exclusivamente das autoridades do Peru, e, na ausência do corpo, é necessário cumprir procedimentos legais complexos.
Desde julho, não houve novas operações de busca, e a família aceita que as condições tornam impossível resgatar o corpo. Apesar disso, lamenta a demora na conclusão dos trâmites judiciais. O caso reflete os desafios enfrentados em situações de desaparecimento em áreas remotas e a dificuldade de articulação entre diferentes jurisdições legais.