Uma família decidiu doar o coração do bebê Nicolas Valentim, de 1 ano e 8 meses, que faleceu após um acidente doméstico em Mato Grosso. O órgão foi captado no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e doado para uma criança da mesma idade, residente em Curitiba, no Paraná. Esse procedimento, realizado nessa terça-feira (12), foi coordenado pela Central Nacional de Transplantes, que segue protocolos rigorosos para garantir a compatibilidade entre doador e receptor.
Em Mato Grosso, a Secretaria Estadual de Saúde informou que o estado realiza captação de vários órgãos, mas os transplantes são restritos a córneas. Para assegurar a rapidez no transporte, crucial para a preservação do órgão que tem uma durabilidade de até 4 horas fora do corpo, a Força Aérea Brasileira (FAB) foi acionada para realizar o translado do coração. A operação contou com a participação de uma equipe especializada em pediatria que conduziu o processo seguindo protocolos rigorosos de segurança e qualidade.
Para ser doador, não é necessário registro documental, mas é recomendável informar a família, que dará a autorização necessária. Órgãos como rins, parte do fígado e da medula óssea podem ser doados em vida, enquanto corações e outros órgãos vitais são destinados a receptores em lista de espera, em caso de morte encefálica. O procedimento de doação não deforma o corpo do doador, permitindo que este seja velado normalmente.