Uma criança de três anos morreu em Jaguariúna, SP, após ser picada por um escorpião e transferida entre dois hospitais para receber o soro antiescorpiônico. A família da vítima questiona a ausência do medicamento no Hospital Municipal de Jaguariúna, que atendeu o menino inicialmente, e aponta a demora no tratamento como fator agravante. O hospital transferiu a criança para o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, onde o soro foi administrado, mas o garoto não resistiu e veio a falecer no dia seguinte.
A mãe da criança argumentou sobre a necessidade de melhorar a estrutura de hospitais locais, especialmente em regiões com alto índice de escorpiões e clima quente, onde a demanda por atendimento emergencial é elevada. Ela relatou que, do momento da picada até a aplicação do soro, transcorreram mais de duas horas, superando o tempo recomendado para tratamento eficaz em crianças de até 10 anos. Em resposta, a Secretaria Estadual de Saúde informou que há 221 pontos de aplicação de soro antiveneno em São Paulo, mas não justificou a ausência do medicamento no hospital de Jaguariúna.
A Secretaria de Saúde reforçou que pacientes devem procurar o atendimento mais próximo para agilizar o tratamento em casos de picadas de animais peçonhentos, e mantém um mapa interativo para localizar pontos de aplicação do soro. Em nota, o HC da Unicamp lamentou a morte e afirmou que o paciente foi atendido rapidamente ao chegar à unidade. A mãe, ainda em luto, declarou que buscará meios legais para pressionar por mudanças e garantir a ampliação da oferta de soro em mais hospitais da região.