Médicos de Pirassununga suspenderam parte dos atendimentos de rotina nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) devido ao atraso no pagamento de seus salários, que já dura três meses. Consultas, exames e atendimentos ambulatoriais foram cancelados, gerando impacto na população. A falta de pagamento afeta especialmente os médicos contratados pelo Cismetro, consórcio responsável pela gestão dos serviços médicos no município. Apesar de uma verba de R$ 4 milhões destinada pela Câmara Municipal para o pagamento dos salários, o valor não foi suficiente para regularizar a situação dos profissionais, e irregularidades no uso dessa verba foram apontadas.
A gestão financeira do município enfrenta desafios devido a mudanças frequentes de comando e dificuldades de arrecadação, o que tem atrasado o repasse de recursos. O secretário de finanças local informou que R$ 2,8 milhões dos R$ 4 milhões já foram pagos ao Cismetro, e o restante será repassado até o início de dezembro. A Prefeitura justifica a demora pelo impacto da falta de arrecadação e pela necessidade de reorganizar o planejamento financeiro. Já o Cismetro esclareceu que, enquanto o pagamento de setembro foi realizado, o de outubro deve ser quitado até o final de novembro.
A falta de médicos tem causado transtornos à população, que se vê sem acesso a serviços médicos essenciais, como consultas e exames. Pacientes, especialmente aqueles que dependem de tratamentos contínuos, como no caso de pessoas com deficiência, estão enfrentando dificuldades graves. A situação gerou protestos de cidadãos afetados, que esperam uma resolução rápida para o problema. O Tribunal de Contas do Estado acompanha o caso, que ainda está sendo analisado no âmbito das contas municipais de 2023.