A morte de uma advogada em Belo Horizonte, inicialmente tratada como suicídio após sua queda do oitavo andar de um prédio, gerou dúvidas e investigações que culminaram na denúncia contra o namorado como principal suspeito. Dois anos após o incidente, ele aguarda julgamento em liberdade. A família da vítima aponta falhas na condução inicial do caso, como a falta de análise imediata das imagens das câmeras de segurança e a ausência de perícias detalhadas em objetos relacionados ao suspeito, que poderiam ter influenciado a condução das investigações.
Especialistas indicam que evidências cruciais, como lesões no corpo da vítima que sugerem agressões anteriores à queda e manchas de sangue encontradas no apartamento, foram subestimadas. Além disso, o comportamento do suspeito, registrado pelas câmeras, levantou mais suspeitas. Ele teria carregado sacolas e uma mochila do prédio logo após o ocorrido, mas esses itens nunca foram periciados. Essa lacuna, somada à demora na busca e apreensão em sua residência, gerou críticas sobre a preservação e coleta de provas.
A família questiona a ausência de medidas imediatas contra o acusado e a forma como a investigação foi conduzida desde o início. Para os familiares, a justiça tem sido prejudicada por erros que poderiam ter sido evitados, como a ausência de uma prisão em flagrante naquela noite. Apesar da denúncia formal e do avanço do caso, a angústia persiste pela falta de respostas definitivas e pelo temor de que provas importantes tenham sido perdidas.