A contrainteligência dos órgãos governamentais brasileiros falhou na prevenção e neutralização do atentado ocorrido em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, no dia 13 de novembro. O especialista em segurança Ricardo Ferreira Gennari destacou que o incidente, envolvendo um indivíduo que se explodiu após lançar explosivos em direção à Estátua da Justiça, expôs falhas graves nos procedimentos de segurança. Segundo Gennari, não houve uma abordagem adequada por parte das forças de segurança, que se limitaram a enviar apenas nove agentes para a verificação do ocorrido.
Gennari criticou a falta de prevenção e proteção, mencionando que, em situações como essa, é crucial que as forças de segurança considerem todas as possíveis ameaças, como explosivos ocultos. Ele enfatizou que, diante do risco, a neutralização do indivíduo deveria ter sido realizada de forma mais eficaz, o que não aconteceu. O especialista apontou que o incidente revelou deficiências na atuação da contrainteligência brasileira, o que aumentou o risco à segurança nacional.
Apesar das críticas, Gennari reconheceu a complexidade do trabalho de inteligência governamental e a dificuldade de prever todos os possíveis ataques. Contudo, ele sublinhou a necessidade de aprimorar os protocolos de segurança e a atuação dos órgãos de inteligência para evitar futuras ocorrências. O especialista comparou a situação brasileira com os sistemas de segurança de outros países, como os Estados Unidos, onde há um intenso monitoramento de possíveis ameaças diárias, com o uso de tecnologias avançadas de análise e prevenção.