Durante os Jogos Jurídicos de 2024, realizados em Americana, no interior de São Paulo, estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC) foram acusados de realizar manifestações preconceituosas contra alunos da Universidade de São Paulo (USP) durante uma partida de handebol. Os ataques foram direcionados a estudantes cotistas da USP e incluíram ofensas racistas e elitistas, além de gestos pejorativos relacionados a dinheiro. O episódio gerou repúdio imediato por parte das faculdades envolvidas e levou a uma denúncia formal ao Ministério Público, que foi acompanhada por parlamentares locais.
As diretorias das Faculdades de Direito da USP e da PUC, juntamente com os centros acadêmicos das duas instituições, publicaram uma nota conjunta condenando os atos e se comprometendo a investigar o ocorrido de maneira rigorosa, respeitando os princípios de ampla defesa e devido processo legal. As universidades destacaram que tais comportamentos são incompatíveis com os valores humanistas e democráticos que defendem, e reafirmaram a necessidade de um ambiente universitário inclusivo e respeitoso, livre de discriminação.
Além da responsabilização dos envolvidos, as faculdades enfatizaram a urgência de implementar medidas preventivas e de acolhimento no ambiente acadêmico. As instituições destacaram o compromisso com a educação antirracista e a criação de protocolos de prevenção de hostilidade, com o objetivo de promover uma cultura de respeito, igualdade e inclusão. As diretorias se mostraram determinadas a transformar o incidente em uma oportunidade para reforçar esses valores nas comunidades acadêmicas da USP e da PUC.