Empresas chinesas como Oppo e Xiaomi estão intensificando seus esforços no Brasil, um dos maiores mercados de smartphones da América Latina, por meio de parcerias estratégicas e novos lançamentos. No entanto, a concentração de mercado nas mãos de marcas consolidadas como Samsung e Motorola, que juntas dominam cerca de 70% do setor, representa um grande obstáculo. Além disso, o mercado brasileiro é caracterizado por uma forte preferência por aparelhos com preços acessíveis, enquanto o mercado paralelo, ou “mercado cinza”, continua a ganhar espaço, dificultando a entrada de novos concorrentes.
A Oppo, que busca aumentar sua participação no país, anunciou uma parceria com a Magalu e a operadora Claro, expandindo a disponibilidade de seus aparelhos em centenas de pontos de venda até 2026. Apesar de reconhecer os desafios, a empresa afirma estar focada no longo prazo, adaptando-se às preferências locais para ganhar a confiança dos consumidores. A marca também reforçou o compromisso com assistência técnica e presença nacional, elementos-chave para se destacar em um mercado tão competitivo.
Além da Oppo, outras fabricantes chinesas como Xiaomi, que já ocupa a terceira posição no mercado latino-americano, têm se beneficiado de fatores como a saída da LG e a popularidade de marketplaces online. No entanto, o mercado brasileiro, impactado por juros altos e inflação, continua a favorecer opções de menor custo, o que alimenta o crescimento do mercado paralelo. Mesmo com vendas ainda modestas no Brasil, a Oppo almeja alcançar posições de destaque, replicando o sucesso que possui em países do sudeste asiático.