A prisão de um suspeito de liderar um esquema de manipulação de resultados esportivos trouxe novas revelações sobre as práticas e a abrangência dessa atividade no futebol brasileiro. Detido em Dubai pela Interpol, ele é aguardado para extradição até o próximo fim de semana, segundo fontes associadas à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. Seu depoimento, realizado anteriormente à CPI, destacou-se pelo tom provocador, onde ele alegou lucros milionários e uma operação com atuação em diversos estados e países.
Segundo o investigado, o esquema de manipulação no futebol envolve atletas, árbitros, dirigentes e até clubes em dificuldades financeiras, explorando as vulnerabilidades desses agentes com promessas financeiras e controle de resultados. Ele afirmou que clubes patrocinados por plataformas de apostas facilitam o envolvimento de jogadores no sistema. A operação, conforme relatado, teria um longo histórico no futebol brasileiro, enraizada há mais de 40 anos, e contaria com apoio de figuras influentes, incluindo políticos e membros de federações esportivas.
Embora tenha admitido seu envolvimento em práticas de manipulação, o suspeito destacou que considera o esquema muito maior que sua atuação individual, sugerindo que o problema é sistêmico e difícil de combater. Em seu depoimento, afirmou possuir provas que corroboram a profundidade das operações e mencionou que o esquema dificilmente será extinto.