A revelação do envolvimento de diversos militares, incluindo oficiais de alta patente, em uma suposta trama para um golpe de Estado gerou preocupações dentro das Forças Armadas, com implicações significativas para a imagem da instituição. De acordo com análises, há um sentimento de que essas acusações mancham a credibilidade das Forças, especialmente devido à relevância dos nomes envolvidos. Ao mesmo tempo, o cenário reforça a necessidade de uma avaliação criteriosa para individualizar responsabilidades e compreender a dimensão dos atos.
Por outro lado, a exposição desses casos também é vista por alguns membros das Forças Armadas como um passo necessário para separar responsabilidades individuais da posição institucional como um todo. Essa abordagem busca preservar a imagem da instituição, demonstrando que os atos questionáveis não receberam respaldo amplo ou autorização dos comandos superiores. Essa narrativa, segundo especialistas, pode ser interpretada como uma tentativa de proteger as Forças Armadas de generalizações que comprometam sua integridade perante a sociedade.
É relevante observar que, entre os comandantes no período dos fatos investigados, apenas o então comandante da Marinha foi formalmente indiciado, enquanto os líderes do Exército e da Força Aérea afirmaram rejeitar qualquer envolvimento em um possível golpe, corroborando essa postura em depoimentos anteriores. Essa distinção destaca a complexidade do caso, que segue sendo analisado tanto do ponto de vista jurídico quanto político.