As exportações brasileiras de carne de frango atingiram um novo recorde em outubro, registrando 463,5 mil toneladas embarcadas, um aumento de 15,4% em relação ao mesmo mês de 2023. Esse desempenho se deve, entre outros fatores, à competitividade dos preços e à reputação sanitária do Brasil, considerado livre de doenças no setor avícola. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as exportações de ovos também dobraram, alcançando o melhor índice desde agosto de 2023, com um total de 2,083 mil toneladas enviadas ao exterior.
Apesar da retração nas exportações de carne de frango entre setembro e outubro, o aumento na demanda doméstica impulsionou os preços internos. Esse aquecimento do mercado nacional está ligado ao poder de compra da população no início do mês, favorecido pelo pagamento de salários, o que contribui para a valorização da proteína no mercado interno. Contudo, os avicultores paulistas enfrentaram alta nos custos dos insumos, como milho e farelo de soja, dificultando o poder de compra dos produtores, que observaram uma estabilidade no valor do frango vivo.
Além disso, o crescimento nas exportações de ovos foi amplamente impulsionado pelos produtos industrializados, que registraram um aumento quase três vezes maior em comparação ao mês anterior. O Chile destaca-se como o principal importador, adquirindo 971 toneladas de ovos em outubro, consolidando sua posição como o maior destino das exportações brasileiras desde março. A combinação de alta demanda externa e aumento dos preços internos reflete o papel crescente do Brasil no mercado de proteínas animais.
