No dia 1º de fevereiro de 2024, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, junto aos presidentes da República e do Congresso Nacional, retirou as grades de proteção ao redor do edifício da Corte, em um gesto simbólico de normalização democrática. Segundo Barroso, a medida refletia a confiança na recuperação da civilidade e no retorno da normalidade política no país, destacando que a democracia comporta manifestações, mas repudia a violência.
Entretanto, em 13 de novembro de 2024, nove meses após esse ato, o STF foi novamente alvo de tensão, com a ocorrência de duas explosões em sua proximidade. Os estrondos, que ocorreram no início da noite, resultaram na morte de uma pessoa e levaram ao isolamento da área. As forças de segurança, incluindo bombeiros e equipes especializadas em explosivos, foram rapidamente mobilizadas, enquanto a Corte informou que os ministros e servidores foram evacuados por precaução.
A situação reacendeu o debate sobre a segurança do Supremo Tribunal Federal e, segundo fontes ouvidas, a possibilidade de reinstalação das grades de proteção não está descartada. O incidente também gerou discussões sobre os desdobramentos políticos, com algumas vozes da oposição ligando o ocorrido à possibilidade de um retrocesso em iniciativas legislativas, como a proposta de anistia. A Corte segue colaborando com as autoridades do Distrito Federal para apurar o ocorrido.