O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, afirmou em coletiva à imprensa que as explosões ocorridas na noite de quarta-feira, 13, na Praça dos Três Poderes não foram um evento isolado. Segundo Passos, os incidentes estão ligados a diversas investigações em andamento sobre atividades de grupos extremistas. O caso está sendo tratado sob duas óticas: como uma tentativa de ataque ao Estado Democrático de Direito e como um ato de terrorismo. A Polícia Federal investiga ainda a motivação dos autores, que permanece indefinida.
Passos revelou que o autor das explosões havia alugado uma casa em Ceilândia, região administrativa de Brasília, e no local foram encontrados indícios relacionados a pichações feitas em janeiro de 2023 por grupos ligados a movimentos extremistas. A polícia também identificou materiais explosivos artesanais, que, apesar de rudimentares, tinham um alto potencial de causar danos. O autor dos atentados portava um extintor de incêndio modificado e outros materiais perigosos em seu veículo, sugerindo um planejamento com intenção de causar danos significativos.
O caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal devido à sua gravidade, e a investigação segue sob sigilo. A Polícia Federal está empenhada em identificar a origem dos materiais apreendidos, que incluem artefatos explosivos e fogos de artifício, além de verificar a relação de um trailer encontrado no local com o ataque. O diretor-geral destacou a complexidade da operação e a necessidade de uma atuação coordenada de toda a justiça criminal para combater ações extremistas e prevenir novos atentados.