A Polícia Federal e o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) realizaram varreduras em diversos pontos de Brasília na quinta-feira (14) em busca de mais artefatos explosivos. A investigação sobre o atentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) revelou que o autor, identificado como Francisco Wanderley Luiz, possuía pelo menos oito bombas, sendo quatro delas carregadas no momento em que se aproximou do prédio da Corte. Os artefatos, feitos de canos de PVC, pregos e parafusos, foram considerados caseiros. O autor foi interceptado pela Polícia Judicial antes de realizar qualquer ataque, tendo inclusive ameaçado detonar os explosivos durante a abordagem.
Embora a Polícia Federal e o STF não monitorassem diretamente Wanderley Luiz, ele havia publicado conteúdo de teor radical em redes sociais. Após o atentado, a Corte recebeu diversas ameaças, inclusive e-mails anônimos enaltecendo a ação. A polícia segue investigando a origem dos explosivos e a possível conexão do autor com grupos extremistas. O Supremo Tribunal Federal tem sido alvo frequente de ameaças desde o ataque de janeiro de 2023, com uma média de três ameaças diárias recebidas.
Apesar de suspeitas sobre a tentativa de ataque ao STF, os investigadores ainda não encontraram evidências que conectem o autor do atentado aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando ocorreram invasões e destruições nas sedes dos Três Poderes. As análises de materiais apreendidos, como o celular do agressor, são aguardadas para aprofundar as investigações e esclarecer se existe alguma relação com as mobilizações golpistas daquele dia.