Na quarta-feira (13), uma série de explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, resultou na morte de um homem e gerou uma onda de reações de autoridades políticas e judiciais. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela relatoria do inquérito sobre o caso, afirmou que o ato não é isolado, mas sim parte de um contexto mais amplo de crescente radicalização política no país. Para ele, o clima de ódio alimentado por discursos extremistas tem contribuído para o aumento de atitudes violentas contra as instituições democráticas, incluindo o próprio STF.
O presidente do STF, ao designar o ministro responsável pela investigação, ressaltou a necessidade de responsabilização penal dos envolvidos, rejeitando a ideia de anistia como caminho para pacificação nacional. A postura do Judiciário tem sido firme no combate ao extremismo, com a continuação das investigações sobre os ataques de 8 de janeiro de 2023, além de outros processos relacionados à disseminação de informações falsas e milícias digitais. A pacificação política, para os ministros, só será possível com o enfrentamento da impunidade, a qual considera responsável por alimentar ainda mais a violência.
O Ministério Público também se posicionou sobre os acontecimentos, defendendo a continuidade do trabalho contra os ataques às instituições democráticas e a importância da colaboração de todos os setores da sociedade na proteção da ordem constitucional. Embora o contexto político atual seja considerado por muitos como tenso e polarizado, as autoridades enfatizaram que qualquer tentativa de enfraquecer a luta contra os responsáveis por crimes contra a democracia representa uma ameaça à estabilidade do país.