As explosões em Brasília na noite de quarta-feira (13) aumentaram a preocupação de embaixadas estrangeiras envolvidas nos preparativos para a cúpula do G20, que ocorrerá no Rio de Janeiro na próxima semana. A reunião contará com a presença de diversos líderes internacionais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente da China, Xi Jinping, e outros chefes de Estado e de governo. De acordo com diplomatas, embora o atentado tenha sido aparentemente obra de um “lobo solitário”, o incidente levanta questionamentos sobre a segurança do país e possíveis falhas nos sistemas de inteligência.
Apesar da confiança geral nas capacidades do Brasil para sediar o evento, as explosões em Brasília causaram um clima de maior tensão, com preocupações sobre a segurança dos participantes da cúpula. Além do atentado na capital, diplomatas também mencionaram outros episódios de violência, como o assassinato de um empresário no aeroporto de Guarulhos, que alimentaram o sentimento de insegurança. O governo brasileiro reagiu com a decretação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), com a mobilização das Forças Armadas de 14 a 21 de novembro, para garantir a segurança durante o evento.
A crescente apreensão também foi refletida em solicitações específicas feitas por algumas delegações estrangeiras, como a da China, que exigiu um controle rigoroso sobre a rede subterrânea do hotel onde seu presidente ficará hospedado e a verificação detalhada da identidade de todos os envolvidos na organização do evento. Embora a situação não tenha comprometido a presença dos líderes internacionais, as medidas de segurança reforçadas e a vigilância contínua indicam o aumento das precauções diante dos desafios imprevistos que o Brasil enfrenta.