A explosão ocorrida na Praça dos Três Poderes em Brasília, no dia 13 de novembro, resultou em uma morte e gerou um amplo repúdio entre diferentes líderes políticos, que enfatizaram a importância da defesa da democracia e da estabilidade institucional no Brasil. Contudo, o evento também aprofundou a polarização política, com diversos grupos tentando atribuir a responsabilidade pelo ataque a seus opositores. Aliados do governo, por exemplo, recordaram os eventos de 8 de Janeiro e reforçaram a defesa do Estado democrático, enquanto críticos do governo responsabilizaram o Supremo Tribunal Federal (STF) pelos ataques às instituições e pela intensificação do clima de tensão no país.
Ministros do STF, como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, destacaram que o atentado evidencia os riscos representados pelo extremismo e reiteraram a importância de não conceder anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. Moraes lembrou que as tensões que culminaram no atentado têm raízes em discursos de ódio promovidos por setores da oposição, especialmente contra a autonomia do Judiciário. Este posicionamento gerou forte reação de líderes da oposição, que criticaram a afirmação e a relação estabelecida entre os eventos, como o senador Rogério Marinho, que classificou a fala do ministro como uma tentativa de criminalizar a oposição.
Do lado do governo, figuras como a ministra Simone Tebet e o senador Randolfe Rodrigues reforçaram a necessidade de combate ao discurso de ódio e de preservação das instituições democráticas. Tebet destacou que os ataques não são atos isolados, mas parte de uma estratégia maior de desestabilização, enquanto Rodrigues pediu união para enfrentar a disseminação do ódio. Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, criticou a gestão federal, apontando a omissão do governo como um dos fatores que contribuem para o agravamento da situação política e social no Brasil. A situação segue gerando um intenso debate sobre a responsabilidade de diferentes atores políticos e o futuro da democracia no país.