Neste sábado, uma explosão em uma estação de trem em Quetta, no sudoeste do Paquistão, resultou na morte de pelo menos 24 pessoas e deixou mais de 40 feridos. A maioria das vítimas são militares do Exército da Escola de Infantaria, que eram o alvo do ataque. O incidente ocorreu em um horário de pico, quando a estação estava movimentada, o que agravou o impacto da explosão. O grupo separatista Exército de Libertação Baluchistão, que luta pela independência da província de Baluchistão, reivindicou a autoria do atentado.
Quetta é a capital da província de Baluchistão, região marcada por conflitos étnicos e por uma crescente violência protagonizada por militantes que se opõem ao governo central. O Baluchistão possui recursos minerais ricos, como gás natural e metais preciosos, o que intensifica os protestos contra o que é visto como exploração injusta das riquezas locais. A explosão de sábado é parte de uma série de ataques que têm gerado preocupações sobre a segurança de grandes projetos econômicos na região, como o porto e a mina de cobre, liderados por investidores chineses.
O ataque de sábado segue uma série de incidentes violentos na província, incluindo os ataques de agosto, que resultaram na morte de mais de 70 pessoas. As autoridades locais indicam que a explosão pode ter sido um ataque suicida e estão investigando os detalhes do ocorrido. Muitos dos feridos estão em estado grave, e o número de vítimas pode aumentar à medida que mais informações surgem. As investigações seguem em andamento para entender melhor o envolvimento dos grupos militantes e os possíveis alvos do ataque.