Na noite de quarta-feira, 13 de novembro de 2024, uma explosão em Brasília, no anexo IV da Câmara dos Deputados, chamou atenção pela gravidade do incidente. O responsável pelo ataque foi identificado como um homem de Santa Catarina, que, uma hora antes do ocorrido, havia feito publicações nas redes sociais com críticas severas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos líderes do Congresso Nacional. Essas postagens indicam que o ataque pode ter sido premeditado, com referências a teorias conspiratórias e convicções extremistas.
O indivíduo, com histórico de envolvimento político na direita, foi candidato a vereador em sua cidade em 2020 e possuía uma postura abertamente crítica ao governo atual. Suas postagens nas redes sociais, particularmente no Facebook e X (antigo Twitter), sugerem apoio a ideias da extrema-direita, incluindo teorias como o QAnon, que circulam entre grupos anticomunistas. Além disso, ele se mostrava favorável a atos violentos como formas de resistência política, chegando a sugerir, em uma de suas publicações, a ideia de uma revolução.
Em seu perfil, o homem também fez menções diretas ao atentado em Brasília, com mensagens que pareciam antecipar o evento e incitar a violência como um meio de “revolução”. Sua atitude e declarações nas redes sociais, acompanhadas de uma ideologia polarizadora, levantam questões sobre a disseminação de discursos extremistas na política brasileira e o impacto dessas narrativas na instabilidade social. Após o incidente, seu perfil foi removido das plataformas, mas o conteúdo continua a ser analisado pelas autoridades.