Pesquisadores brasileiros participarão de uma missão espacial organizada pela NASA, prevista para ocorrer entre o final de 2025 e início de 2026, com o objetivo de estudar o impacto da microgravidade no cérebro humano. A equipe levará organoides cerebrais, conhecidos como “minicérebros”, que são estruturas criadas a partir de células-tronco e simulam aspectos do funcionamento cerebral. Esses modelos foram desenvolvidos com base em pacientes com Alzheimer e transtorno do espectro autista severo, permitindo uma análise aprofundada do envelhecimento cerebral em um ritmo acelerado no espaço.
A pesquisa busca identificar como doenças neurológicas progridem em condições de microgravidade, abrindo caminhos para novas terapias e medicamentos. Cientistas argumentam que os resultados podem beneficiar tanto a proteção cognitiva de astronautas em missões interplanetárias quanto o desenvolvimento de tratamentos inovadores para a população em geral. Um dos destaques do estudo é a possibilidade de que moléculas descobertas no espaço sejam utilizadas para tratar condições severas como o Alzheimer e o autismo no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
Além do potencial científico, a iniciativa representa um marco na colaboração entre pesquisadores brasileiros e a NASA, destacando a importância de expandir as fronteiras do conhecimento para enfrentar desafios globais. Com avanços acelerados pelo envelhecimento de 10 anos dos organoides em apenas 30 dias de missão, os cientistas esperam trazer descobertas transformadoras que beneficiem tanto a exploração espacial quanto a saúde pública na Terra.