O Ibovespa apresentou um início de semana volátil, operando na faixa dos 127 mil pontos, com leves oscilações entre quedas e altas. A falta de um direcionamento claro no mercado interno e a indecisão nos índices futuros das bolsas norte-americanas contribuíram para o clima de incerteza. Além disso, o cenário econômico doméstico está marcado pela expectativa do anúncio de um pacote de cortes de gastos do governo, que pode ocorrer nos próximos dias, gerando especulações sobre a política fiscal e a gestão do arcabouço fiscal.
Os investidores também monitoram a evolução das projeções econômicas, com o Boletim Focus trazendo novas revisões para cima nas estimativas de inflação e na taxa Selic. Para o ano de 2024, a projeção de inflação subiu novamente, consolidando-se em 4,64%, e as expectativas para a taxa de juros no fim de 2025 foram ajustadas para 12%. O Itaú Unibanco, em seu relatório, revisou suas previsões para a Selic, agora estimando que o juro básico poderá atingir 13,50% até o fim de 2025, devido à combinação de um dólar mais forte, inflação persistente e atividade econômica resiliente.
No mercado de ações, a atenção está voltada para os papéis mais sensíveis ao ciclo econômico, como os de empresas do setor de turismo e saúde, que apresentaram quedas significativas. Por outro lado, as ações de commodities, como Petrobras e Vale, tiveram desempenho positivo, impulsionadas pela alta nos preços do petróleo e do minério de ferro. No cenário global, o fechamento negativo das bolsas americanas na última sexta-feira e a expectativa de possíveis ajustes na política monetária do Federal Reserve também influenciam o sentimento dos investidores brasileiros.