O dólar abriu em alta nesta terça-feira (5), dia de eleições nos Estados Unidos, refletindo a volatilidade nos mercados globais diante da disputa acirrada entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump. A moeda norte-americana registrou aumento de 0,16% pela manhã, cotada a R$ 5,7925, após uma queda de 1,48% no dia anterior. A eleição incerta pressiona o dólar, especialmente em países emergentes, devido às políticas de Trump, que incluem medidas protecionistas e possíveis impactos inflacionários.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, mostrou otimismo, com alta de 1,87% no fechamento da véspera, atingindo 130.515 pontos. O índice acumula ganhos semanais e mensais, mas ainda registra uma queda de 2,74% no ano. O mercado financeiro segue atento às decisões monetárias nos EUA, aguardando a reunião do Fed, que pode continuar o ciclo de cortes nas taxas de juros. Internamente, a expectativa recai sobre possíveis anúncios de corte de gastos pelo governo brasileiro e o aumento da taxa Selic pelo Copom para conter a inflação.
As incertezas econômicas aumentam com as políticas de Trump, que podem afetar o comércio global e pressionar ainda mais a balança comercial brasileira. Especialistas destacam o impacto potencial de sanções indiretas contra a China, o que prejudicaria exportações brasileiras e aumentaria a pressão inflacionária. No Brasil, as projeções de inflação seguem subindo, ultrapassando o limite da meta do Banco Central, o que reforça a necessidade de políticas fiscais e monetárias rigorosas para estabilizar a economia.